A edição de junho de 2024 do TOP500, que ordena os 500 supercomputadores mais poderosos do mundo desde 1993, já foi divulgada. Esta lista foi anunciada no ISC 2024, que decorreu em Hamburgo, na Alemanha.

O supercomputador Deucalion, instalado em Guimarães e inaugurado em setembro do ano passado, surge pela primeira vez neste ranking, marcando a estreia desta infraestrutura portuguesa nesta distinção – com a posição #81 em eficiência energética da partição Arm  e #219 em velocidade de processamento.

Estes reconhecimentos representam um marco importante no panorama científico e tecnológico português, já que através desta infraestrutura, investigadores e empresas podem impulsionar a inovação nacional a novos níveis de excelência.

O Deucalion faz parte da rede de supercomputadores europeus da empresa comum EuroHPC, acessíveis às comunidades de investigação e inovação.

“Este reconhecimento do Deucalion vem reforçar o nosso compromisso e aposta na Computação Avançada e no desenvolvimento de supercomputadores que alcançam um desempenho e eficiência notórios a nível internacional. Continuaremos este esforço para que a tecnologia e os projetos portugueses nesta área continuem o seu caminho de crescimento“, referiu Francisco dos Santos, vice-presidente da FCT.

Sobre o Deucalion

O Deucalion é um projeto conjunto da FCT, desenvolvido através da FCCN, e da parceria europeia EuroHPC, sendo este supercomputador capaz de atingir uma performance de alto desempenho Linpack (HPL) de 3,9 petaflops.

O leque de áreas que podem beneficiar do Deucalion é vasto, desde a meteorologia e modelação climática, à dinâmica de fluidos e aerodinâmica, astrofísica e cosmologia.  Consequentemente, a sua utilização poderá ter benefícios para a eficiência energética, a inteligência artificial, a medicina, na produção de produtos farmacêuticos/medicamentos, entre outras aplicações.

Localizado na Universidade do Minho, o Deucalion também figura na classificação Green500, lista que classifica os supercomputadores de acordo com o seu consumo energético. Graças à sua baixa pegada de carbono, o supercomputador português figura no 80.º lugar desta listagem.

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