O subserviço Memorial do Arquivo.pt tem vindo a apoiar a preservação de websites antigos, levando diversas instituições a reduzir custos e evitar vulnerabilidades de segurança. A investigadora Helena Barranha conta-nos tudo sobre o exemplo de “Unplace” – o museu digital “que não tem lugar”.

O que fazer quando manter um site antigo é um problema? O subserviço Memorial do Arquivo.pt, gerido pela Unidade FCCN, procura dar resposta a esta necessidade, preservando antigos websites e oferecendo assim um importante apoio a vários tipos de instituições, organizações e projetos.

“Existem inúmeros websites que deixam de ser atualizados, quer em termos de conteúdos, quer em termos de software”, começa por explicar o Diretor de Área da Unidade FCCN, João Gomes, durante um vídeo de apresentação deste subserviço do Arquivo.pt. Esta falta de atualização, acrescenta, traz consigo “problemas de custos fixos, emissão de CO2 e, principalmente, vulnerabilidades de segurança”, sendo que é importante, no entanto, “que os conteúdos continuem a ser consultáveis”.

É este o problema que o Memorial do Arquivo.pt procura responder, ao fazer uma recolha de alta qualidade da última versão do website que continua a ficar disponível no domínio original. A diferença, contudo, é que passa a ser possível desligar as máquinas que o suportam, reduzindo a pegada ecológica, custos de manutenção e as ameaças de segurança.

O projeto de investigação unplace é um dos exemplos de uma iniciativa que recorreu a serviços do memorial. A responsável por este projeto, Helena Barranha, explica que o trabalho teve como “tema central os museus e as exposições virtuais de arte contemporânea”. “Pareceu-nos que seria importante garantir a preservação digital não só do website do projecto, mas também dos conteúdos associados, como por exemplo as publicações em acesso aberto”, acrescenta a investigadora, revelando que, nesse sentido, a equipa entrou em contacto com o Arquivo.pt.

De acordo com Helena Barranha, a necessidade da instituição foi resolvida por este serviço. “A colaboração do Arquivo.pt foi excelente”, realça, destacando como principal vantagem o facto do Memorial do Arquivo.pt “permitir o acesso ao trabalho de investigação realizado no âmbito do projecto, entre 2014 e 2015”. “Estes conteúdos podem ter interesse não só para outros investigadores que estudam temas afins, mas também para estudantes, curadores e artistas, ou mesmo algum público não especializado que tem curiosidade pela arte digital e pelos museus online”, reforça.
Pode saber mais sobre o Memorial do Arquivo.pt através do site do projeto.

Memorial do arquivo.pt

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